sábado, 9 de agosto de 2008

IN MEMORIAM de LUIZ HENRIQUE SCHWANKE


Não adianta perguntar

por que.

Os cisnes da consciência

velejaram para outras margens.

O bosque fez-se silêncio.

Partiram os olhos da paisagem.

E o canto triste

transitou rumo ao desconhecido,

aos elos perdidos.


O belo canto do amanhecer,

da beleza,

do ser,

decidiu se recolher.


Um outro canto

te aqueceu naquele dia.

Sobre a lápide

um nome - uma palavra fria.



Foto: http://www.schwanke.org.br/
(Luiz Henrique Schwanke 1951-1992)

(pinçado do meu livro "Asas ao Anoitecer",
Fundação Cultural de Curitiba, 2005)

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