terça-feira, 12 de agosto de 2008

ASA DA MANHÃ




Disseste a mim, de onde vim, pra onde vou.


Num momento único, ao abrir dos céus.


Água que numa grande noite jorrou


como pranto dos olhos claros de Deus.




Não envelhecerei esse sonho do amanhecer.


As tantas rugas são estradas no deserto.


De outras vidas trouxe esse mundo pra viver.


O inverno não matará a flor que está tão perto.




Quero ter, desse canto, sua asa da manhã


que voa junto à minha, qual alma-irmã,


em forma de luz, música sagrada, equilíbrio,




pássaros ao sol, planando eternidades.


Minha noite passada a limpo em claridade,


porta entreaberta para o mundo dos vivos.





http://recantodasletras.uol.com.br/poesiastranscendentais/1124211


(Direitos autorais reservados).

Um comentário:

Yohana Rinnardi disse...

Coração aberto à beleza do verso, à completude dos sonhos, à natureza da vida. Lindo, Lucia. Um passarinho me contou que hoje é seu aniversário. Vim deixar um beijo gigante de um gigante carinho. Felicidades!