sexta-feira, 8 de agosto de 2008

ACEITAÇÃO


Com este gosto de infinito

sinto a noite chegar,

e ajeitar-se em minhas veias,

que abrigam celas,

sombras

e estrelas.


De um atol de nuvens

perpétuos olhos me fitam

como vaga-lumes exilados

do meu céu aflito.


Porém minha alma perdoa

este gesto que voa

este abraço não gerado

e desta noite a mordaça

de uma sombra que passa

sobre o meu corpo encurvado.



(pinçado do meu livro "Asas ao Anoitecer"

Fundação Cultural de Curitiba, 2005)


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