sexta-feira, 8 de agosto de 2008

CAMINHO E FIM


Serenidade

é esse silencio de pedra.

Preciso tornar-me pedra,

para poder permanecer.

Cansei dos córregos perigosos,

onde a lama dita a formosura das flores.

Minha escrita é o desenho do obscuro caminho

entre o coração e a meia-lua. Uma só estrela

já é poesia e luz na estrada.

Não preciso de palmas de subsolos

camufladas pelos que agonizam

o sonho humano.

A única parte que me cabe

é a louca cegueira do poema

que fala ao coração.



(Direitos autorais reservados).

Nenhum comentário: