sábado, 12 de julho de 2008

PASSAGEIRO DOS VENTOS


Meu tempo é miudo.

Flores do campo ao vento.

Simples estar ao largo.

E o tempo passa pelo vento

regendo o pensamento,

esse abissal ser alado

que não se doma

de forma alguma.

A não ser quando chove cá dentro

e as gotas vão reescrevendo

tantos momentos

e também vida nenhuma.



(Direitos autorais reservados).

Um comentário:

Yohana Rinnardi disse...

Quando chove cá dentro é que meu tempo, meu pensamento, minha história também como que se descontrola. Mas também é só por alguns momentos. Como esse em que me identifico, embora jamais pudesse escrevê-lo (e quanto mais reescrevê-lo) assim, como você, poeta Lucia. Que bom encontrar também você por aqui. E ainda com a alegria de ver um link do meu pequeno canto nesse seu espaço de maravilhosos cantares. Beijinhos.