quarta-feira, 9 de julho de 2008

AO MESTRE DE ASSIS


Ó Francisco, sou uma sombra enegrecida
pelo sol que me doou a cor de uma saudade.
E hoje, só peço uma licença à vida
para ter, do infinito, a tua claridade.

Ó Francisco, nas luas que contemplo
sinto teu cordão atado ao universo.
Ah, quem me dera mergulhar no teu exemplo
e derramar no mundo a beleza dos teus versos.

Ó Francisco, a quem Deus, um dia, ensinou
a doar a cada ser vivente seu incondicional amor
tuas sandálias ainda ouso procurar.

Na imensidão de minhas mágoas,
mesmo com os olhos rasos d'água,
eu tentarei com elas caminhar.


(D. A. reservados)
Lucia Constantino
Publicado no Recanto das Letras em 29/07/2006
Código do texto: T204977

Nenhum comentário: