quarta-feira, 9 de julho de 2008

O QUE UNE E CONDUZ


O quanto de mim deixo em ti

quando toco tua mão

ao longo do caminho.

O quanto confunde-se

a estrada em amor e dor

ao olhar o fundo dos teus olhos,

com a descoberta desse lusco-fusco

que vela também os meus?

Mas um pouco assim,

entre fontes e esperas,

entre úmidos e ternos toques de amparo

envoltos em laços verdadeiros,

vamos nos apresentando às estrelas

para que numa próxima primavera

nossos olhos possam estar limpos

e secos para vê-las

e nossas mãos, irmãs eternas,

ofenderão os espinhos

e colherão as verdadeiras rosas

numa nova e infinita manhã.



(Direitos autorais reservados. Lei 9.610 de 19.02.98)






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