sexta-feira, 4 de junho de 2010

FRIO


Frio. Apenas esses olhos de memória
passeiam lá fora.
Esses dias frios trazem a distância
entre o corpo e o espírito.
Dirijo-me a essas coisas pequeninas
que me trazem os sons dos violinos:
o olhar do cão, o passo do pássaro molhado,
a flor na relva ainda viva,
apesar do vento, do frio e das chuvas.
A borboleta na parede, aguardando o início
de um vôo ao desconhecido.
E escrevo gelando,mas com o rosto voltado
para a grande luz da palavra
que procura o céu e suas estrelas
como um viajante perdido na noite.
Resta-me o eco das coisas resguardadas
pelos olhos da memória
para fugir dessa fronteira com o inverno
onde até os violinos emudecem.



(Direitos autorais reservados).

3 comentários:

Eloah disse...

Lindo o Poema.Sou uma sonhadora, leitora assidua, gosto de música e de animais.Parabéns pelo Blog.
Um abraço

Jose Ramon Santana Vazquez disse...

...traigo
sangre
de
la
tarde
herida
en
la
mano
y
una
vela
de
mi
corazón
para
invitarte
y
darte
este
alma
que
viene
para
compartir
contigo
tu
bello
blog
con
un
ramillete
de
oro
y
claveles
dentro...


desde mis
HORAS ROTAS
Y AULA DE PAZ


TE SIGO TU BLOG




CON saludos de la luna al
reflejarse en el mar de la
poesía...


AFECTUOSAMENTE
CANTARES POESIA


ESPERO SEAN DE VUESTRO AGRADO EL POST POETIZADO DE BLADE RUUNER ,CHOCOLATE, EL NAZARENO- LOVE STORY,- Y- CABALLO, .

José
ramón...

Yohana Rinnardi disse...

Uma anologia como essa, corta.. à força do menor arrepio. Belíssimo, Lucia. Beijinhos.