sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

NOITE MÃE

Noite mãe compassiva,
a ti entrego meu coração.
Em teus braços de estrelas
depõe minhas flores,
antes tão vivas,
para que ressuscitem do chão.
Noite mãe, nenhuma palavra soberba
descerá sobre minha fronte
tornando-a enferma.

Ouvirei dos teus silêncios, ó noite mãe,
a verdadeira música que apascenta
os ocasos dos meus horizontes.

Jardim etéreo aos portais dos séculos,
hoje tua luz reescreve um poema de vida
na minha dolorosa face de ontem.


(Direitos autorais reservados. Lei 9.610 de 19.02.98)

Um comentário:

Yohana Rinnardi disse...

Acredite-me, querida poeta, todos os seus versos são da mais pura vida. São essenciais. Belíssimo. Beijinhos.