
Desdobram-se os sinos
sobre os meus pensamentos.
Dobro as pálpebras sobre o violino,
arco-me ante o templo dos ventos.
Levo o horizonte nos meus braços
dessas tantas ausências em vão.
Vou nos acordes dos meus passos
cifrando-me em notas do coração.
Só sei essa canção que um anjo,
um dia, tocou pelos espaços
para despertar-me à imensidão.
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