Com este gosto de infinito
sinto a noite chegar,
e ajeitar-se em minhas veias,
que abrigam celas,
sombras
e estrelas.
De um atol de nuvens
perpétuos olhos me fitam
como vaga-lumes exilados
do meu céu aflito.
Porém minha alma perdoa
este gesto que voa
este abraço não gerado
e desta noite a mordaça
de uma sombra que passa
sobre o meu corpo encurvado.
(pinçado do meu livro "Asas ao Anoitecer"
Fundação Cultural de Curitiba, 2005)
Direitos autorais reservados.
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