Anoitecer de inverno.
Enlaço os últimos raios de sol.
Percorrem as rosas, os pinheiros,
convertem-se em cajados
para o olhar.
Ao longe, um pássaro sobre o muro
fala-me de suas rochas de sonhos.
Onde as ondas não chegam,
onde pode ser mais íntimo do horizonte
e sentir-se vaso eterno na imensidão.
A casa me chama.
Consagrei-me ao dia
e agora anoitece.
É preciso dispersar os cereais
sobre a mesa
e transbordar as taças
com a água pura do coração.
Saudar o ocaso
como a Santa Ceia.
Quando o sol se despede
para renascer e iluminar
todos os frutos do pó da terra.
(Direitos autorais reservados)
Foto: Eduardo Bittencourt Pinto
3 comentários:
O gostoso de ler vc, Lucia, é que a gente nunca sai ileso! Vou transbordando da poesia que aqui bebo, certa de que tudo tem seu tempo e seu lugar. A perfeição pode não ser sempre visível aos olhos.. mas canta com tanta beleza ao coração. E Deus é perfeição. Beijo imenso. Tenha um domingo de muita paz, amiga.
Lúcia,
é muito bom ler teus versos novamente.
Entrei em contato com você por este lindo espaço, pois lá no fórum, a maior parte dos membros não deixam seus e-mails.
Quanto ao seu verdadeiro pedido, encaminharei ao editor.Concordo plenamente com sua opinião. Estou lutando por isso há tempos. Não desistirei.
Adorei visitar teu espaço, talento é teu nome!
beijos poéticos
Teu blog, amiga, está muito bonito, de bom gosto, PARABÉNS ! Beijos.
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