quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

YO NECESITO


Yo he estado tan lejos del aire de la tierra.
De la verdad de la tierra.
Aquella que no tiene calendário,
No tiene sombras por los caminos.
Aquella que besa otras tierras
sin importarle si hay flores, frutos,
solamente las besa por ser sus hermanas.
Yo necesito del pan de esa tierra
para compartir con todos.
Incluso yo.



(Direitos autorais reservados. Lei 9.610

de 19.02.98)

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

TUA VOZ


Tão forte. Como um sussurro
Assim a Tua voz.
Eu a escuto. Eu emudeço
a minha dor.
Foi tão longe o pensamento
um dia... quis ser vento
quis ter asas, ter alegria.
Tu sabiamente disseste
então: "não é verdadeiro
esse alento. Somente olhe pra dentro
do teu próprio coração."
Eu olhei. Meditei.
Vi-me nos reflexos do sol,
vi-me buscando somente paz.
Vi que meus olhos queriam ser nós
de um tronco eterno onde Tu estás.
E Tua voz tornou-se mais forte.
E calou-se ao me dizer: serás!



(Direitos autorais reservados).

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

'QUANDO A ALMA...."?


Por fim, o olhar tão claro
sobre tudo que não vale a pena.
Quem me dará aquele momento raro
"quando a alma não será pequena?"
Eu me desdobrei em noite e dia
e vi promessas não serem cumpridas.
Uma a uma fechei as portas
todas pela saudade carcomidas.
Enfrentei até meu rosto disforme
para continuar dando sentido
à minha vida.

Não... não...o poema era pensante
era vivo, falante, caminhante...
perdeu-se então o condão mágico?
Virou antropofágico o próprio amor?
Incolor o arco-íris de papel
desenhado num borrão de céu
virou brinquedo de horror.

Quero ir-me embora destas vias dolorosas,
esquecer que em ti morreram todas as rosas
e os espinhos mascararam sarças ardentes

Aquelas que queimam no coração
para sempre... para sempre...



(Direitos autorais reservados. Lei 9.610

de 19.02.98)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

TU ÉS


Tu és o verde.

Junto a mim, o abraço que pedi

ao sonho.

A canção que não sangra,

a primavera chegada de terras distantes

para alvorescer os ramos da carne.

A luz da tarde.

Em verdade e vontade,

o cravo que toca

a canção das lágrimas devolvidas.

Meus olhos selados de sol.

O coração em remessa à vida.
(Direitos autorais reservados)
Foto: imagem pesquisada no Google

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

RE-CONHECIMENTO


E eram belos teus gestos de azuis.

O chão quieto, sobre as ondas grávidas

da luz do sol.

Vivenda liberta dos pesadelos,

e nos silêncios,

nosso amor pleno.

Juntei as claras nuvens do céu

sobre minha veia aberta

sob o perfume teu.

Amei tua carne, minha carne

encerradas nas profundezas de um deus.



(Direitos autorais reservados).
Foto: imagem Google, Fotosearch

sábado, 15 de novembro de 2008

PERMANÊNCIA




Por um momento me passa


essa água livre entre os dedos.


Corre direto aos meus lábios,


tão crédulos dos desvelos.


Entendes, ó roseiral


o que a linguagem humana


diz em sua líquida metamorfose?


Ao criar raízes, a seiva fala.


E assim aos olhos.


Derramar-se para permanecer.
(Direitos autorais reservados)

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

...???


Sou um barco de nuvem

navegando sobre as pedras

com destino ao infinito

onde a saudade não chega.



(Direitos autorais reservados).