Escrevo somente e tão somente quando a emoção me conduz -- é na escrita que desato os nós interiores, que limpo caminhos para poder enxergar melhor, que me percebo semeando nos dias, de alguma forma, mas a colheita não importa. Ela pertence a Deus, ou Àquela Consciência Maior que me faz estar aqui (ainda). -Lúcia Constantino -- Os textos aqui publicados estão protegidos pela Lei de Direitos Autorais.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
NESSE LUSCO-FUSCO
Queria parar as horas
desse céu trançado de nuvens:
clerical pedágio para o infinito.
Travar as horas - queria, queria,
para me resgatar
sem temor,
destes paramentos de palhaço
quando pranteio uma terra deformada
em países, raças, ideologias,
em humana cegueira encarcerada.
Começo a acender lampejos de esperança
nesse lusco-fusco
onde dormirá esse céu azul estrangeiro
que me inicia.
O tempo vai, rápido,
como o pensamento
Corporifica-se:
lágrimas na planura ondulam-se como rio
partindo de sonhos sem foz.
Imagem: Fotosearch - Google
(Direitos autorais reservados).
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Alma livre das amarras que oprimem, que não deixam ver a imensidão da vida, desliza livre pelas palavras e os caminhos. Hummm.. maravilhoso! Beijo grande, poeta Lucia! :)
Postar um comentário